Eu costumava pensar que o “tomar café” era apenas um ato, uma sequência de ações: Me levantar, preparar a minha deliciosa bebida, agarra minha xícara e depois tomar enquanto faço algo importante. Entretanto, essa é uma forma um tanto quanto solitária e egoísta de retratar esse ritual que é beber café, por que poupar todos a sua volta de tomarem essa bebida, a principio, feita com muito carinho junto a você?
Pensando nisso eu ressignifiquei esse ato, no inicio da minha jornada com o café eu fazia exatamente o descrito nas primeiras palavras supracitadas e estava até feliz com o resultado que a bebida trazia, um detalhe importante é que eu nunca fui de fazer café na cafeteira elétrica então eu me dava todo o trabalho para deixar a bebida o melhor possível, além do maravilhoso gosto que ficava dá para imagina o tanto de carinho e dedicação que tinha e tem na minha bebida. Contudo, mesmo assim faltava o mais importante que são as companhias para compartilhar esse momento, não é possível que só eu estava tomando aquele cafezinho e achando bom, e o mais importante: Por que eu estava tomando e fazendo outra coisa? Eu estava retirando o foco daquilo que me dediquei que é a bebida para deixar ela como segundo plano de algo mais “importante”? não! isso tinha e ia mudar!
Pensei comigo: “Qual o lugar que eu mais tomo café no meu dia-a-dia?”, a resposta é quase que óbvia e sem sombra de duvidas não poderia ser algo diferente que o local de trabalho. O próximo passo é implementar essa cultura de uma forma que as pessoas pausem para tomar o café com você e aproveitem um breve momento de descanso e descontração. Uma forma muito boa de fazer isso é você usar toda aquela dedicação e carinho que você tem para o preparo da sua bebida na hora de fazer, não só uma xícara, mas uma garrafa inteira de café para todos que estão ali. Pois é isso que fiz, nos primeiros meses eu todo santo dia levava minha chaleira elétrica, meu filtro Hario V60, um excelente café em grãos e fazia uma/duas garrafas inteiras de café e chamava, após o almoço, todos aqueles próximos para tomarem comigo. Não demorou muito para que o momento do café tomasse forma, 2 pessoas viraram 3…. 6…. 9…. Alguns já começaram a trazer cafés diferentes para fazer, outros já toparam dividir os custos de mais equipamentos como garrafas térmicas maiores ou métodos de café diferentes (prensa e Melitta). Esse é o poder do café, como eu mesmo disse no título “Tomar café é um momento, não uma simples ação” e agora todos apreciam, além da bebida, boas conversas e risadas para dar leveza ao árduo trabalho diário.